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19 maio, 2008

Robô habitante do 'Second Life' dispensa controle de humanos!

Avatar não recebe comandos de internautas, mas sim de computador.
Ele responde a perguntas feitas em inglês, desde que previamente cadastradas.

À primeira vista, Edd Hifeng não se destaca entre os avatares (personagens virtuais), do “Second Life”, universo paralelo que reúne milhões de internautas. Mas ao contrário dos outros habitantes desse programa, o personagem com jeitão de robô não é controlado por um usuário, mas sim por um computador.

Criado por pesquisadores do Instituto Rensselaer Polytechnic (Nova York, EUA), Edd é resultado de um projeto de inteligência artificial e, por isso, tem habilidades para conversar e interagir com outros habitantes virtuais do “Second Life” sem a ajuda de humanos.

Apesar disso, ele ainda não é totalmente independente: só aparece nos locais onde os pesquisadores o colocam e responde a perguntas feitas em inglês (como “de onde você é?”), desde que tenham sido traduzidas previamente para a linguagem computacional.
A experiência envolvendo Edd indica que o “Second Life” vai além de um ambiente onde avatares conversam, interagem e voam: é também um espaço adequado para testar pesquisas de inteligência artificial. “É uma forma muito barata para testarmos nossa tecnologia”, afirmou Selmer Bringsjord, diretor da área de inteligência artificial da Rensselaer Polytechnic. Um vídeo publicado na internet mostra o avatar em ação.

Bringsjord considera Edd um precursor de criações sofisticadas que podem interagir com pessoas através de projeções tridimensionais, adotadas no metrô ou até mesmo nas ruas. Para o pesquisador, esse tipo de tecnologia poderia ser usado, por exemplo, para treinar funcionários em caso de emergência. Os testes feitos na realidade virtual são úteis, explica, porque esses ambientes são menos bagunçados do que o mundo real: não é preciso se preocupar com ventos, chuva ou café derrubado sobre alguém.

Inteligência artificial
Segundo o pesquisador, todo o trabalho computacional envolvendo Edd é feito em laboratório e não sobrecarrega os servidores da Linden Lab, empresa responsável pelo “Second Life”. Em breve, os cálculos serão feitos por um supercomputador de Rensselaer com o apoio da IBM, que também patrocina o projeto.

John Lester, gerente de operações da Linden Lab, afirma que a empresa vê nesse tipo de iniciativa uma “oportunidade fascinante” do desenvolvimento de inteligência artificial. “O futuro será quando os avatares controlados por computadores, e não por pessoas, ficarão soltos no ‘Second Life’”, disse. Segundo especialistas, isso só deve acontecer em alguns anos.

Um dos principais obstáculos nesse tipo de projeto é fazer os computadores entenderem conceitos subjetivos da língua, explica Jeremy Bailenson, diretor do laboratório de interação virtual humana da Universidade de Stanford. Esses sistemas computacionais se saem melhor quando lidam com ambientes totalmente controlados, como softwares de telefone que reconhecem comandos vindos do outro lado da linha.

Um comentário:

WEB honey disse...

Second life pelo visto está com a bola cheia!! :) Gostei muito do BRsecondlife é bem interessante mesmo.